quinta-feira, 5 de julho de 2007

Happy birth for me....

Nossa...hoje sou eu que comemoro mais um ano de vida, adoro aniversário, comemorar aniversário, mas saibam dos outros no meu fico muito perdida...sou muito crítica comigo mesma e penso muito e ai vem as velhas questões que com o passar dos anos pesam mais e mais...Nossa o que realizei, onde errei, por que não deu certo, poderia ser melhor, preciso estudar mais, trabalhar mais e por ai afora...
Me pergunto as vezes se valeria voltar no tempo e mudar alguma coisa??? Não....porque se houve perdas houve também muitos ganhos e nas perdas aprendi muito...Hoje estou aqui para agradecer cada erro e cada acerto que tive no decorrer desses anos a todos que de alguma maneira estiveram ou fizeram parte desses acontecimentos sejam bons ou ruins porque se hoje me considero uma mulher de verdade adulta e forte devo isso a todas essas pessoas amigas ou não. Muito obrigada e vamos cantar Parabéns....Parabéns...saúde, felicidade que Deus plante sempre todo dia paz e alegria na lavoura da amizade. Bjssss à todos e ergam um brinde à vida.
Abaixo escolhi dois poemas que correspondem ao que sinto e penso sobre essa minha nova etapa de vida.
Com certeza muitos de vocês conhecem mesmo assim, espero que gostem.


Canção na plenitude

Lya Luft

Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente,
e a peletranslúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas,
sou uma estrutura agrandada
pelos anos e o peso dos fardos bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo o que perdi:
dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir quando em outros tempos choraria,
busca te agradarquando antigamente quereriaapenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza e juventude agora:
esses dourados anosme ensinaram a amar melhor,
com mais paciência e não menos ardor,
a entender-tese precisas,
a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante
e colo de amiga,e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.


Pensar é Transgredir
Lya Luft

Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.

Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano.
Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!" O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar.

Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.

Sem ter programado, a gente pára pra pensar. Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.

Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas.

Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.

Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência.

Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.

Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.

Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.


Amo tudo isso bjsss à todos e um ótimo final de semana....




Dona de casa
Há alguns anos atrás...

Hoje...


Meses atrás...


5 comentários:

Adriana disse...

Querida amiga eu acho que nao errei a data, o seu aniversário e hoje dia 06.Deixei a minha particular homenagem no meu blog.
Parabéns que Deus abençoe seus dias e continue guiando seus passos.
beijos carinhosos cheios de energia positiva do outro lado do oceano

Anônimo disse...

Berê,

Adorei seu blog, hoje está muito especial com a comemoração do seu aniversáro...
Você sempre me surpreende, pois a cada dia consegue escrever mais bonito e através de poemas demonstrar sua a beleza de sua alma. É por isso que a cada dia que passa, não ficamos mais velhas e sim mais belas...por dentro e por fora...
Te adoro,

Cibele

Eternamente Berenice disse...

Adriana

vc hoje me fez chorar de emoção e de saudades, como é bom tê-la como amiga...Bjsssss

Cibele

Saiba que vc faz parte desse crescimento quando olhar pra mim lembre-se que estamos sempre trocando idéias e aprendendo uma com a outra, por vc faz parte disso que sou hj...Bjsss e obrigada.

ninguém disse...

Parabéns, Berenice. A gente deve se parabenizar sempre a cada ano que vira, porque viver é bênção.
abraços
maristela

Telejornalismo Fabico disse...

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ainda vale um parabéns beeem atrasado, mas verdadeiro no sentimento?

e que a vida seja grande como teu sorriso.

beijo.



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